Há dias que venho me sentindo verdadeiramente embotada e não consigo me dedicar à prazerosa atividade de escrita para o meu blog. Várias poderiam ser as justificativas para este acontecimento. As festividades de final de ano que nos impõem um ritmo frenético de comemorações e despedidas (por vezes intermináveis). Amigos e familiares ansiosos por encontros apressados com o pretenso propósito de celebrar o ano que está findando. E se todas estas situações se potencializam na cidade, há que se refletir também sobre o caótico trânsito a que devemos nos submeter.
Mesmo em meio a este turbilhão de eventos, encontrei um tempinho para ir assistir ao filme documentário José e Pilar, que retrata um período recente da vida do escritor português José Saramago. E fiquei muito surpresa. Eu não tinha informações prévias sobre sua esposa Pilar e fiquei estarrecida diante de sua postura sempre autoritária, manipuladora e arrogante. No filme, Saramago já tem um pouco mais de oitenta anos e, por determinação de sua esposa, vive cotidianamente um périplo: percorrendo aeroportos, concedendo entrevistas, dando autógrafos, participando de premiações. Raros são os momentos em que ele pode sentar-se diante de seu computador e escrever.
Somente quando adoece, o autor retoma o seu contato com a escrita. Como um refúgio, um oásis. Um grande momento de libertação. Um exercício de si mesmo totalmente desvinculado de ações práticas, corriqueiras e dos tão enfadonhos “compromissos”. E, felizmente, Saramago consegue concluir seu livro “A viagem do Elefante”, de cunho autobiográfico e sempre embasado em grandes alegorias e epopéias, bem ao estilo do escritor luso.
Ainda não li o livro, mas já o incluí em minha lista. Porém, ainda me pergunto por que Saramago sucumbiu a esta rotina avassaladora. E por que eu, também, fui arrastada por esta corrente.
Mesmo em meio a este turbilhão de eventos, encontrei um tempinho para ir assistir ao filme documentário José e Pilar, que retrata um período recente da vida do escritor português José Saramago. E fiquei muito surpresa. Eu não tinha informações prévias sobre sua esposa Pilar e fiquei estarrecida diante de sua postura sempre autoritária, manipuladora e arrogante. No filme, Saramago já tem um pouco mais de oitenta anos e, por determinação de sua esposa, vive cotidianamente um périplo: percorrendo aeroportos, concedendo entrevistas, dando autógrafos, participando de premiações. Raros são os momentos em que ele pode sentar-se diante de seu computador e escrever.
Somente quando adoece, o autor retoma o seu contato com a escrita. Como um refúgio, um oásis. Um grande momento de libertação. Um exercício de si mesmo totalmente desvinculado de ações práticas, corriqueiras e dos tão enfadonhos “compromissos”. E, felizmente, Saramago consegue concluir seu livro “A viagem do Elefante”, de cunho autobiográfico e sempre embasado em grandes alegorias e epopéias, bem ao estilo do escritor luso.
Ainda não li o livro, mas já o incluí em minha lista. Porém, ainda me pergunto por que Saramago sucumbiu a esta rotina avassaladora. E por que eu, também, fui arrastada por esta corrente.
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